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Em busca de novas fronteiras

FONPLATA

Como presidente executivo do FONPLATA, tive que liderar a modernização da instituição para transformá-la em uma aliada que responda de maneira ágil, oportuna e profissional às demandas de desenvolvimento dos nossos países-membros.

Texto publicado originalmente na coluna mensal de Juan Notaro para El Huff Post.

Dessa forma, conseguimos ampliar nossa capacidade financeira com dois aumentos de capital, tornamos os processos mais eficientes e incorporamos novos talentos profissionais, o que nos permitiu aprovar em apenas em seis anos mais projetos do que nos 35 anos anteriores da história do organismo.

Pela primeira vez o FONPLATA conquistou uma classificação de crédito internacional, obtendo A2 pela Moody's e A- pela Standar & Poor's, o que nos coloca em um nível superior ao dos nossos países-membros, sendo assim permitido a nós o acesso e a concessão de financiamento em condições muito vantajosas.

Mas talvez o mais importante nesta fase de modernização é que nos mantivemos fieis aos valores essenciais do FONPLATA: ser uma instituição que financia projetos de desenvolvimento em áreas vulneráveis, rurais ou fronteiriças para promover a integração entre países ou entre regiões dentro de um mesmo país.

Isso nos permitiu nos especializar em uma área nas quais os grandes bancos multilaterais ou as outras agências de desenvolvimento da região não costumam trabalhar: projetos de pequeno ou médio portes, com impacto direto nas comunidades beneficiárias e por quantias entre US$ 10 milhões e US$ 70 milhões.

Ou seja, mantemos o mandato histórico e, além disso, desenvolvemos uma missão específica que atende às necessidades atuais dos nossos países-membros e complementa o trabalho de outras instituições de desenvolvimento.

Mas nosso compromisso se mantém. Ainda há muito a ser feito para superar as brechas de desenvolvimento que a nossa região tem e o trabalho de integração requer consolidar as conquistas até agora e enfrentar novos desafios.

Por isso nos propomos crescer. Uma necessidade ratificada por nossa Assembleia de Governadores, a mais alta instância de direção do FONPLATA, e que foi divulgada há alguns dias.

Esse crescimento exigiu uma modificação do convênio constitutivo do organismo. Portanto, o FONPLATA - integrado por Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai - consolida sua nova governança, conclui sua transição do Fundo para o Banco de Desenvolvimento e também poderá estabelecer alianças estratégicas com novos países-membros, assim como com outras agências e bancos de desenvolvimento.

Entre os aspectos a priorizar para a incorporação de novos membros está o fato de que sejam países e instituições que tragam algo a mais ao FONPLATA e compartilham nossos valores institucionais e objetivos de desenvolvimento para a região.

Tudo em benefício do desenvolvimento e da integração produtiva da região e de suas áreas de influência.

Tenho certeza de que nesta nova etapa do FONPLATA, tanto os países fundadores como nossos potenciais novos parceiros e aliados, continuarão contando com uma instituição que responde de maneira ágil e oportuna às necessidades específicas de seus clientes e, como diz o nosso slogan, continuará levando o desenvolvimento para mais perto das pessoas.

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