Desemprego: fator de desigualdade na América Latina

CEPAL analisa o que ainda falta fazer nas nações sul-americanas e caribenhas frente a Agenda 2030

A CEPAL, Comissão Econômica para a América Latina da Organização das Nações Unidas, publicou o ""Segundo relatório anual sobre os avanços e desafios regionais da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável na América Latina e no Caribe"", com dados comparativos sobre a situação dos países signatários da Agenda 2030.

Segundo o documento, desde 2015 a pobreza continua aumentando na região. Em 2017, mais de 187 milhões de pessoas viviam na pobreza, enquanto 62 milhões viviam em extrema pobreza. Esses dados colocam a América Latina e o Caribe como as regiões mais desiguais do mundo.

O organismo, sediado no Chile, avaliou tendências, progressos e brechas em cada um dos países para identificar setores críticos para o cumprimento da Agenda 2030.

O desemprego é outro fator que reduz as oportunidades, destaca o relatório. Em 2017, 22,8 milhões de pessoas estavam desempregadas. Deste número, as mulheres são as mais afetadas. Os indígenas e afrodescendentes estão entre os mais afetados, pois a discriminação afeta o desenvolvimento desses grupos, relata a CEPAL.

Os desastres naturais também têm um impacto negativo no desenvolvimento. Nos últimos anos, cerca de 160 mil pessoas sofreram os efeitos desse tipo de fenômeno, o que representa um aumento nas despesas para os governos locais.

""Cada país deve buscar seu próprio caminho, de acordo com suas prioridades nacionais, suas necessidades, sua organização institucional e a combinação de meios de financiamento disponíveis para sua aplicação"", destaca o estudo.

Os países que compõem a CEPAL se comprometeram a implementar a Agenda 2030 com base na articulação de marcos institucionais e esforços para consolidar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Para isso, cada um dos governos apresenta os resultados das revisões periódicas para medir o progresso dos objetivos.

O documento, disponível aqui na versão digital, separa por setores cada um dos principais pontos apresentando a situação dos países signatários da Agenda 2030.