Em 17 de novembro, no Museu Goeldi, em Belém do Pará, o FONPLATA liderou o evento “Construindo Cidades Amazônicas Resilientes”, como parte da agenda oficial de atividades da COP30.

O Banco convocou representantes de governos locais, instituições financeiras e empresas de saneamento para debater soluções inovadoras que fortaleçam a resiliência urbana na Amazônia diante dos efeitos das mudanças climáticas.

O encontro destacou a importância de integrar a gestão sustentável da água, infraestruturas resilientes e soluções baseadas na natureza como pilares para garantir a segurança hídrica e melhorar a qualidade de vida nas cidades amazônicas. O FONPLATA apresentou sua experiência no financiamento de projetos que combinam inovação técnica, inclusão social e fortalecimento institucional para cidades grandes e pequenas da região.

O evento foi moderado por Eliana Dam, Vice-Presidente de Operações e Países do FONPLATA, e as palavras de abertura ficaram a cargo de Igor Normando, Prefeito de Belém. O programa incluiu o lançamento da publicação “Saneamento e Clima: Temas prioritários para a Agenda Global”, a cargo de Beatriz Azevedo, Diretora-Executiva da Aba Climate Solutions, seguido de debate com especialistas do setor.

Os palestrantes destacaram a necessidade de abordagens multidisciplinares, integradas e adaptadas às especificidades territoriais:

Sérgio Antônio Gonçalves, Diretor-Executivo da Associação Brasileira de Empresas Estatais de Saneamento (AESBE), destacou: “não é a engenharia pura que vai resolver o problema do saneamento na Amazônia. Precisamos de criatividade e colaborações multidisciplinares”.

Juliana Almeida, Especialista Sênior do Escritório do Assessor Especial sobre Mudanças Climáticas do BID, ponderou: “a Amazônia é mais do que apenas o Brasil; inclui Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Suriname e Venezuela. E desenvolvimento não se resume apenas a obras de cimento, temos que usar soluções baseadas na natureza, pois elas são mais resilientes”.

Tatiana Barbosa, Coordenadora do PRODESAN PARÁ, destacou: “devemos buscar soluções que não sejam apenas viáveis do ponto de vista ambiental, mas também viáveis em aspectos sociais e econômicos, para que a melhoria seja integral.”

André Facó, Presidente da AEGEA – Águas do Pará, ressaltou: “falar de saneamento é falar de clima, falar de pessoas, falar de florestas. O sistema hídrico da Amazônia é mais do que a água que corre pelos rios, o ciclo hídrico inclui as nuvens e as chuvas, que são elementos que também devem ser protegidos e preservados”.

Como resultado, foram formuladas recomendações práticas para fortalecer a resiliência climática urbana na Amazônia, com potencial de replicação em outras regiões vulneráveis. Também foram consolidadas alianças estratégicas entre o setor governamental, bancos de desenvolvimento e atores do setor de saneamento para financiar e implementar soluções de adaptação.

O evento criou um espaço de diálogo para continuar oferecendo soluções que satisfaçam a agenda amazônica, reafirmando o compromisso do FONPLATA com a inovação, a sustentabilidade e a inclusão na construção de cidades mais resilientes na região.

17/11/25